O que falam de você quando não está na mesma sala?
Você já parou para pensar ou ao menos se importa com o que os outros falam sobre você? Se sua resposta foi “não”, confesso achar duvidoso que nenhum dia você se questionou se seus colegas de trabalho, chefe, amigos do cotidiano ou até família não usaram seu nome em uma conversa.
O ponto é que, será que é assim tão ruim? Nem sempre a fofoca é algo ruim sobre você, muitas das vezes é uma forma do seu nome ser disseminado de forma boa e até mesmo seu trabalho 🙌. “Mas Mari, perai, quer dizer então que é bom as pessoas fofocarem sobre mim?” Segue o fio comigo…
Esses dias estava lendo um post no Instagram do incrível André Carvalhal, de quem sou super fã e que tem insights muito significativos, que falava justamente sobre fofoca e o quanto isso dizia sobre nós mesmos quanto marca pessoal já que, como ele mesmo diz, todos temos uma marca pessoal, intencionalmente ou não.
O que mais me intrigou e me fez vir até essa newsletter foi que no meio do post ele fala sobre como a fofoca diz mais ainda sobre quem está falando sobre aquilo do que sobre a pessoa falada de fato. Realmente, quem espalha a fofoca, se de forma acusatória ou julgando todos os pormenores, é um ponto de atenção mais importante do que o conteúdo que está sendo falado já que, pensando bem, como ela pode falar ou até inventar de você para os outros? Como dizia o o psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo”.
Segundo uma pesquisa feita pela Social Psychological and Personality Science, as pessoas gastam 52 minutos por dia falando sobre outras pessoas que não estão por perto, além disso, de acordo com o psicólogo Diogo Mendes, essa postura está muito associada a baixa autoestima e necessidade de aprovação.
Diretamente de Bridgerton, conseguimos observar como a Lady Whistledown rege uma sociedade através de boatos e incitações sobre as famílias mais famosas e até mesmo da rainha Carlota, nos mostrando como as fofocas moldam a sociedade desde que a mesma é conhecida como tal.
No entanto, dependendo do que é falado, pode te auxiliar muito no ambiente de trabalho e até para conseguir um ou conhecer novas pessoas. Nossa marca pessoal está em funcionamento a todo momento portanto, você mantendo sua autenticidade, valores e princípios, o que falarem de você será uma consequência da sua marca pessoal e daquilo que comunica verbalmente ou visualmente.
Por isso, deixo aqui uma reflexão, antes de mandar a figurinha de “fofoca?” no Whatsapp ou de começar um assunto na cozinha do escritório. A Parábola das Três Peneiras de Sócrates nos convida a fazermos três questionamentos antes de passar uma informação a frente.
A Peneira da Verdade: A primeira pergunta que se deve fazer antes de dizer algo é: “Isso é verdade?” Se a informação não pode ser confirmada como verdadeira, então não deveria ser compartilhada.
A Peneira da Bondade: A segunda pergunta é: “Isso é bom?” Se o que se pretende dizer não é algo positivo ou benéfico, deve-se reconsiderar se vale a pena dizer.
A Peneira da Utilidade: A terceira pergunta é: “Isso é útil?” Mesmo que algo seja verdadeiro e bom, se não for útil ou necessário, talvez seja melhor não o mencionar.
Feito isso, você com certeza perceberá como mudará sua forma de encarar as informações que chegam até você e pensar duas vezes antes de falar para outra pessoa. Se filtrarmos o que chega até nós, até nossa própria vida flui melhor 😉.
Espero que tenha curtido,
Mari Telli 💛